Barcelona, 14 de maio de 2023.
Barcelona foi uma aula de escrita. Encontrei Carlos [Ruiz Záfon] em cada esquina, cada rua « mais cicatriz do que rua ». Se os dias tivessem sido mais cinzas, creio que encontraria também Daniel, seu pai, o sinistro incendiário e, quiçá, o Cemitério dos Livros Esquecidos. Senti como se já conhecesse cada curva e me guiei pela intuição, mais do que o mapa - o que, recomendo, haja vista as ruelas serem mais interessantes do que as principais, que figuravam em meu roteiro.
Também, me deslumbrei com a arquitetura. A Sagrada Família me emocionou de maneira que entendi haverem pessoas, deuses e certos artistas, numa categoria separada e bem definida, marcada pela semi-imortalidade - não são eternos, pois ganhariam ares divinais. São imortais, porém, e permanecem em cada obra, em cada olhar deslumbrado como o meu, que deixa na cidade maldita, como em tantas outras, parte de seu coração.
Com carinho,
Que delicia viajar através dos seus olhos e percepções 💗
Eu nao dava a minima pra essa cidade ate ser apresentada a ela por Zafon! Ja passei horas no street view me deliciando com o cenario do livros e espero um dia tambem ter a experiencia ao vivo