Granada, 19 de maio de 2023.
Se viajar para a Europa Ocidental é materializar os cenários imaginados dos contos de fadas, Granada foi, até hoje, o que mais se aproximou do Aladdin para nós (feat. Cigana Esmeralda - já explico).
« Alhambra é imperdível » foi a coisa que mais escutei a cada anúncio de planos de viagem para a Espanha - ainda antes de mencionar nossa passagem por Granada. Um palácio mourisco, cercado por jardins indescritíveis, construído no alto de um morro - e, que depois da dominação cristã, ganhou a interferência da arquitetura clássica. Seria o suficiente. Mas a cidade ainda tem o Albaicín, todo o vilarejo de casas branquinhas e simpáticas ruelas de pedra, que se desenvolveram no entorno, com a vista privilegiada da alcáçova. E é aqui que surge a deslocada personagem do Corcunda de Notre Dame: o bairro é um dos berços do Flamenco e em suas cuevas gitanas, ciganas, é que se encontra os mais tradicionais templos. Fiquei super curiosa para saber mais a respeito, especialmente pela importante relação com o movimento feminista no país.
A forte influência árabe me deixou ainda mais curiosa para conhecer melhor outras culturas e países do continente vizinho. Não tem nada que eu goste mais do que isso: uma viagem se abrir para outra e outra.
Ou tem. Churros quentinhos, preparados e fritos bem em nossa frente, para comer mergulhando no chocolate, também quente, para fechar um dia de andanças. Te deixei com a boca aguada? Também fiquei. Pois confesso que comprei um livro de culinária espanhola. Quem sabe, não me arrisco na volta.
Com carinho,